Uma dúvida muito frequente de quem está construindo, especialmente quem o faz pela primeira vez, é sobre os cuidados que devem ser tomados com a impermeabilização residencial.
Qual parte deve ser impermeabilizada? Qual tipo de produto utilizar? O que acontece se eu não impermeabilizar corretamente?
Essas e muitas outras são questionamentos muito pertinentes e importantes, especialmente porque a impermeabilização bem feita é o grande diferencial de uma edificação sólida, resistente e com uma longa vida útil de uma casa com problemas de infiltração e presença de umidade logo no início.
Qual é a importância da impermeabilização residencial?
Por que é necessário fazer impermeabilização na casa?
Antes de saber o que deve ser feito, e mesmo qual sistema escolher, a pergunta mais importante é justamente a do porquê.
Afinal de contas, quando há um entendimento que não existe necessidade de impermeabilização e que esta é uma etapa pouco importante, ela acaba sendo encarada como “opcional”.
De fato, a impermeabilização não deve nunca, sob nenhuma hipótese, ser encarada com serviço opcional ou pouco relevante.
Independentemente do tipo de material escolhido (concreto armado, metálica, madeira, etc) a presença de umidade é um fator determinante para presença de patologias nas estruturas, e deve ser evitada continuamente.
Os problemas decorrentes de falhas de impermeabilização vão desde o desconforto estético até o risco de colapso estrutural.
Nas residências feitas no Brasil prevalece, em sua maioria, o uso do concreto armado como estrutura.
O concreto usado nas estruturas e a argamassa utilizada como revestimento, apesar de garantirem estanqueidade, não são classificados como materiais impermeáveis.
Isso significa que que a água percola por entre os interstícios do material, eventualmente gerando toda sorte de patologias decorrentes da presença de umidade e da infiltração.
Sendo assim, a impermeabilização residencial é uma etapa importante e fundamental, sendo responsável pela proteção dos elementos estruturais quanto à patologias sérias que podem comprometer a solidez da edificação e também evitar dores de cabeça com a presença de fungos, mofo, matéria orgânica, descascamento de pintura e demais danos à estética da construção.
Locais importantes para se impermeabilizar em uma residência
1. Fundações
Os elementos de fundação são aqueles que têm a função estrutural de transferir todos os esforços solicitantes da edificação para o solo.
Existem diferentes tipos de fundação, e para ambientes residenciais de até dois pavimentos as escolhas mais comuns dos projetistas são as sapatas, baldrames e radier.
Logicamente, dependendo do solo no local, há casos em que pode ser necessário a utilização de estacas e blocos.
Independentemente do tipo de fundação, é preciso ter em mente que se trata de um elemento estrutural de concreto em contato direto com o solo, e, consequentemente, com a água.
Portanto, todo elemento de fundação deve contar com medidas que anulem ou mitiguem ao máximo os efeitos da presença da umidade.
Por se tratar de um elemento enterrado, que não está em contato direto com o ambiente externo, a escolha para impermeabilização pode ser por sistemas rígidos.
A escolha de sistemas flexíveis fica a critério do projetista, em regiões que podem estar sujeitas a movimentações.
Além da aplicação dos sistemas de impermeabilização também é comum adotar barreiras físicas para conter o avanço da umidade ascendente, como lonas plásticas e camadas de pedra britada.
Sistemas de impermeabilização mais utilizados: emulsão asfáltica (também conhecido popularmente como pintura asfáltica, piche, manta asfáltica líquida), manta asfáltica tradicional, argamassa polimérica, aditivos impermeabilizantes
Patologias que podem surgir: a falha mais comum resultante de problemas de impermeabilização em fundações é a presença de umidade ascendente nas paredes e muros, até em média 50 cm de altura do piso. Isso ocorre devido a ação da capilaridade da água, que percola de maneira ascendente deixando manchas, presença de mofo, fungos, matéria orgânica e descascamento de pintura e reboco.
2. Lajes de Cobertura
As lajes também podem ser a opção de cobertura ao invés de telhados convencionais, especialmente quando se deseja incorporar um terraço, área de playground, varandas, espaços gourmet.
Ainda dentro do conceito, também é possível incluir elementos semelhantes como as sacadas e marquises, que também são tipos de lajes expostas às intempéries.
Diferentemente dos elementos de fundação, as lajes de cobertura estão expostos à ambientes externos, e, consequentemente à movimentação térmica.
Por essa razão é necessário optar pelos sistemas flexíveis de impermeabilização, pois estes são capazes de acompanhar os movimentos da estrutura sem que haja falha na impermeabilização.
Sistemas de impermeabilização mais utilizados: manta asfáltica (especialmente durante a fase de construção), emulsão acrílica (também conhecidos popularmente como manta líquida), Solução 100% silicone, Poliéster flexível de alto desempenho
Patologias que podem surgir: A falha na impermeabilização de lajes provoca a presença de umidade na parte inferior, gerando desconfortos visuais nos forros, pintura, presença de mofo e bolor. Além disso, patologias de concreto como lixiviação, eflorescências, carbonatação e corrosão de armaduras também pode ocorrer devido à presença de umidade.
3. Piscinas e reservatórios
Não é surpresa que elementos estruturais com a função de reservar água precisam de impermeabilização.
Os reservatórios como caixas d’água, cisternas e também fossas sépticas devem receber sistemas de impermeabilização específicos, tanto para preservar a qualidade da água quanto para evitar a contaminação do solo.
Não é incomum que algumas pessoas pensem que a impermeabilização de uma piscina é garantida apenas com a colocação de azulejos, pastilhas e demais revestimentos cerâmicos.
É preciso ter em mente que cerâmica não é sistema de impermeabilização. Apesar de garantir uma certa estanqueidade e um elevado índice de impermeabilidade, este material não tem as características de um sistema específico de impermeabilização.
No caso de piscinas e reservatórios enterrados, também é necessário lembrar que existem dois tipos de pressão de água: a que é exercida pela água reservada, de dentro para fora em direção às paredes, e também a pressão da água do solo, de fora para dentro.
Sistemas de impermeabilização mais utilizados: manta asfáltica (especialmente durante a fase de construção), Poliéster flexível de alto desempenho (especialmente em reformas)
Patologias que podem surgir: perda de seção na estrutura, exposição e corrosão de armaduras, desplacamentos, perda excessiva de água, recalques excessivos e demais patologias relacionadas à percolação de água nas fissuras
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