Quando o assunto é aplicação de um sistema de impermeabilização em estruturas de concreto, há uma associação automática com a manta asfáltica, que é o sistema mais amplamente utilizado em todo território nacional para situações de impermeabilização flexível.
Por outro lado, houve um avanço enorme em novas tecnologias nas últimas décadas, e vários sistemas mais modernos se tornaram uma opção viável para impermeabilizar estruturas, especialmente em situações especiais, como em reformas por exemplo.
Afinal de contas: quais são as principais vantagens e desvantagens dos métodos tradicionais de impermeabilização quando comparadas aos sistemas mais modernos?
Impermeabilização: assunto para especialistas
Antes de qualquer tipo de comparação entre métodos e sistemas, vale ressaltar um ponto muito importante: qualquer tipo de impermeabilização, até a mais simples, pode ser bem-sucedida se for aplicada de forma correta para a situação solicitada, ou pode falhar miseravelmente se feita de maneira incorreta e no lugar errado, até mesmo as mais sofisticadas.
O ponto principal, neste sentido, é que impermeabilização deve ser feita por profissionais e empresas habilitados e experientes.
Grande parte das falhas de impermeabilização são causadas por falhas de execução, não cumprimento das recomendações das normas técnicas e por negligência, em não dar à impermeabilização a devida importância.
Sempre vale a pena lembrar que os problemas causados pelas infiltrações podem ir muito além do desconforto visual das manchas, mofo, bolor, descascamento de pintura, musgo e etc.
A infiltração e presença de umidade pode afetar diretamente os elementos estruturais, comprometendo a solidez e estabilidade de toda a edificação.
Portanto, seja pelos métodos tradicionais, ou se optar por sistemas mais modernos, certifique-se sempre de estar contando com especialistas.
Manta Asfáltica: o método tradicional de impermeabilização de elementos de concreto
A tradicional manta asfáltica é o sistema mais amplamente utilizado para impermeabilizar lajes, piscinas, e demais elementos estruturais em todo Brasil.
Ela consiste de material asfáltico, com filmes estruturantes de poliéster ou fibra de vidro. Este produto é comercializado em rolos de 1m de largura.
Para aplicação, a manta é posicionada diretamente na superfície que será impermeabilizada. Com um auxílio de um maçarico, o asfalto é aquecido e é feita a aderência.
Este tipo de aplicação é conhecida como manta asfáltica aplicada à quente, em contraponto à que é aplicada a frio, sem a necessidade de aquecimento.
Este tipo de sistema é classificado como flexível (por suportar bem as movimentações térmicas das estruturas) e pré-moldado, devido à forma como ele é comercializado e aplicado.
Nas juntas e emendas é preciso uma sobreposição de 100mm (10cm), de acordo com recomendação da norma NBR 9952 manta Asfáltica Para Impermeabilização.
Depois de aplicada, a manta asfáltica deve ser revestida (contrapiso).
Pode ser utilizada em lajes de cobertura, terraços, varandas, sacadas, piscinas, reservatórios, mezaninos e demais situações em que haja movimento térmico da estrutura.
As principais vantagens da impermeabilização tradicional
Quando se fala em impermeabilização, vantagens e desvantagens de cada método devem ser analisados para uma escolha acertada. Veja as principais vantagens da manta asfáltica:
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Facilidade de se encontrar no mercado
Uma das principais vantagens da manta asfáltica utilizada como sistema de impermeabilização é a facilidade e disponibilidade de ser encontrada no mercado. Por se tratar de um produto tradicional, é possível encontrar o produto mesmo longe de grandes centros.
Alguns sistemas mais modernos são bastante específicos para alguns nichos, e ainda não estão presentes em larga escala longe dos grandes centros do das regiões Sul e Sudeste.
Em alguns lugares a manta pode parecer a única opção disponível, e há uma relação direta entre disponibilidade com o custo ser mais baixo.
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Facilidade de se encontrar mão-de-obra
Por se tratar de um produto tradicional, popular e fácil de ser encontrado no mercado, consequentemente também há uma oferta maior de mão-de-obra para fazer a aplicação.
Apesar de este ser um ponto que também pode contar em desfavor, pela possibilidade de pessoas sem experiência executarem a manta de maneira incorreta, há, no geral, várias empresas e equipes com experiência, que seguem os procedimentos normativos, e executam um bom serviço, em todo o território nacional.
A disponibilidade de mão-de-obra especializada pode ser muitas vezes um fator impeditivo para muitas obras e por este motivo, muitas vezes as construtoras optam por sistemas tradicionais.
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Baixo custo
Quando comparado o custo inicial de instalação, os sistemas tradicionais são mais competitivos, e existe uma relação direta com a alta de disponibilidade do produto no mercado e de mão-de-obra especializada. Fator este que também estimula a competição e a uma queda natural dos preços, além da possibilidade de negociação e de comparar orçamentos com mais de uma empresa.
Além disso, o produto em si não requer uma química refinada, e nem equipamentos muito específicos para instalação, o que acaba ajudando para que os custos sejam menores.
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Facilidade de execução
A facilidade de execução é um fator de vantagem, pois não há necessidade de equipamentos caros e tecnologia específica.
Além disso, é mais fácil de treinar equipes, e de se executar a impermeabilização em locais de difícil acesso, ou áreas remotas que exigem infraestrutura prévia.
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Flexibilidade
A manta Asfáltica é um material flexível, e, quando instalado de maneira correta, é capaz de acompanhar as movimentações da estrutura sem que haja abertura de fissuras.
Em situações como lajes e demais elementos expostos, ela se torna uma solução confiável.
As principais desvantagens da impermeabilização tradicional
Os métodos mais inovadores surgem no mercado justamente para atender aos pontos em que a manta asfáltica apresenta suas falhas. Sendo as principais:
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Sistema Pré-Moldado (com juntas e emendas)
O fato de a manta ser comercializada em rolos faz com que a aplicação seja feita com juntas e emendas.
Isto não é, em si, um problema. Contudo, juntas e emendas são pontos críticos e mais suscetíveis a falhas de instalação.
Além disso, também há uma maior possibilidade de falhas e rupturas nos cantos, rodapés e áreas ao redor de ralos.
Como solução, há no mercado produtos que são aplicados diretamente sobre a superfície, formando um filme protetor sem emendas, flexível e resistente, reduzindo assim a possibilidade de falhas nas juntas e emendas.
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Baixa resistência mecânica
A impermeabilização tradicional requer um revestimento, como contrapiso e piso. Isso acontece porque a manta não possui resistência mecânica.
Isso significa que, caso não fosse revestida, a abrasão e os choques na superfície causariam falhas e aberturas, e assim comprometendo toda a impermeabilização.
E a necessidade de revestimento acaba aumentando o tempo gasto para execução do serviço, além de haver os custos inerentes ao revestimento, em termos de de material e mão-de-obra.
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Dificuldade para reformas
As reformas são o grande ponto de desvantagem da impermeabilização tradicional.
Eventualmente, quando há necessidade de substituição da manta, não há uma maneira simples e rápida de fazê-la. Isso se traduz em obras grandes, demoradas, com geração de entulho para retirada do sistema preexistente, descarte adequado, limpeza da superfície, para só então refazer todo o sistema.
Esse tipo de intervenção costuma ser demorada e cara.
Veja como funciona:
Neste sentido, também há soluções no mercado que podem ser instaladas diretamente sobre o sistema já existente, sem que haja a necessidade de retirar o sistema anterior.
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Durabilidade
Este é um tema controverso, porque a durabilidade do sistema tradicional está intimamente ligada a qualidade da execução do serviço.
Quando feito de maneira correta, a durabilidade é de, em média, 5 anos, podendo chegar a 10.
Contudo, há sistemas mais modernos capazes de oferecer 15 anos de garantia e durabilidade comprovada de mais de 30 anos.
Além do mais, é preciso lembrar o item 3 das desvantagens, e da dificuldade de se substituir um sistema de impermeabilização tradicional.
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