A maior causa de incêndios e acidentes em prédios residenciais está ligada às más condições de conservação da rede elétrica. Para isso não acontecer, o síndico, como responsável civil pelo edifício, precisa gerenciar a manutenção elétrica predial adequada.
Evidentemente, o melhor é agir preventivamente.
Dessa forma, o reparo pode ser programado e o dinheiro provisionado.
Além de serem mais caras, as obras emergenciais muitas vezes mexem diretamente no bolso de todos os condôminos.
A seguir vamos apresentar 5 itens para o síndico prestar atenção na manutenção elétrica predial:
Padrão de entrada desatualizado
Nos prédios mais antigos é super comum ver quadros elétricos da entrada com fundos em madeira, medidores antiquados e sem fechadura segura.
As normas atuais proíbem os fundos em madeira e exigem que todos os quadros devem possuir travas e sinalização adequada que informe risco de morte.
Modernizar essas instalações é fundamental para manter todos em segurança.
Cabeamento em fio sólido
Até a década de 90, muitos prédios ainda utilizavam fios sólidos em suas instalações das áreas comuns, que apesar de não trazerem nenhum prejuízo à instalação, acabam sendo inconvenientes por um único motivo: a dificuldade de manutenção.
Por serem rígidos, torna-se quase impossível passar novos fios pelos conduites.
Portanto, se no seu prédio há a necessidade de aumentar a quantidade de circuitos, prepare-se para trocar todo o cabeamento por cabos flexíveis.
Ar condicionado
Todo equipamento de ar condicionado precisa passar por manutenção periódica. Muitos síndicos cobram dos condôminos as providências e as evidências de que estão as realizando.
Nessa manutenção, serão verificadas as condições de funcionamento dos aparelhos.
Não hesite em contratar um profissional para fazer uma análise de todos os aparelhos instalados no edifício. Como síndico, você pode propor essa ação em assembleia para aprovação dos condôminos.
Devem ser checadas as condições da instalação elétrica, se há disjuntor específico, se está bem dimensionado e se dentro do aparelho não existem fios corroídos.
Aumento da carga instalada
Imagine um prédio de 1980. Naquela época, tinha em cada apartamento: uma televisão, uma geladeira, um aquecedor e uma lâmpada em cada cômodo.
Aí, 20 anos depois, numa reforma ele ganha 25 pontos de lâmpadas, ar condicionado, hidromassagem, cafeteira, geladeira com água gelada, microondas e finalmente um forno elétrico de “zilhões” de watts.
Sejamos sinceros: mesmo refazendo toda a instalação elétrica dentro do apartamento, os fios que ligam o quadro dele ao principal, bem como as chaves, que ainda são do tipo “faca”, continuam dimensionados para a infraestrutura de 1980.
Assim, o novo disjuntor, super potente, não desarma quando houver sobrecarga, mas os fiozinhos que vem do térreo vão “torrar”.
Modernize as instalações, contrate uma empresa séria e idônea, que forneça ART dos serviços executados.
SPDA
O famoso pára-raio.
Toda instalação de prevenção de descarga atmosférica precisa de um laudo.
Ele tem validade limitada e deve ser refeito de tempos em tempos.
Somente assim, você garante o funcionamento do dispositivo protegendo os equipamentos e principalmente os moradores do edifício.
Como você pôde perceber, ser síndico exige bastante responsabilidade e sobretudo atitudes proativas.