Impermeabilização asfáltica: seu guia completo

Os métodos de impermeabilização asfáltica são amplamente conhecidos e utilizados em todo o país. É muito fácil encontrar impermeabilizantes asfálticos nas grandes lojas de materiais de construção, porém, pode haver confusão entre as nomenclaturas e termos utilizados. Neste artigo, vamos esclarecer quais são os tipos de impermeabilização asfáltica, e também suas vantagens e desvantagens. Acompanhe!

 

Antes de tudo, é preciso saber que há uma diferença na classificação dos tipos de impermeabilização asfáltica apresentados na norma da ABNT (9575) e a sua classificação usual. É claro que, sendo métodos tradicionais de impermeabilização, os produtos asfálticos possuem “nomes populares”, que muitas vezes não são os mesmos utilizados na literatura técnica.

Vamos, então, começar entendendo essas diferenças.

 

 

Impermeabilização asfáltica na ABNT NBR 9575

engenheiro consultando a ABNT NBR 9575 sobre impermeabilização asfáltica

 

Se você não tem interesse em conhecer a nomenclatura da ABNT, pule para a próxima seção do artigo.

 

A NBR 9575 (Impermeabilização – Seleção e Projeto) classifica a impermeabilização asfáltica entre:

  • Membrana de asfalto modificado sem adição de polímero;
  • Membrana de asfalto elastomérico;
  • Membrana de emulsão asfáltica;
  • Membrana de asfalto elastomérico, em solução;
  • Manta asfáltica.

 

Primeiramente, é preciso entender a diferença entre essas várias membranas e a manta asfáltica. As membranas são sistemas de impermeabilização moldados no local, podendo ser estruturadas ou não. Já as mantas são produtos pré-fabricados, obtidos por processos industriais.

 

Além disso, a classificação feita na NBR leva em conta os produtos adicionados ao cimento asfáltico de petróleo (CAP) para modificá-lo. O cimento asfáltico de petróleo é, segundo a própria NBR 9575, um:

Produto obtido no fundo da torre de vácuo, após a remoção dos demais destilados de petróleo.

 

No caso da membrana de asfalto modificado sem adição de polímero, as modificações ao cimento asfáltico de petróleo são obtidas por reações físico-químicas. Na membrana de asfalto elastomérico, são adicionados ao CAP polímeros elastoméricos. A membrana de emulsão asfáltica, por sua vez, resulta da dispersão de asfalto em água, com uso de agentes emulsificantes. E a membrana de asfalto elastomérico, em solução, tem como diferencial a dissolução do asfalto elastomérico em solventes orgânicos.

 

A manta asfáltica é assim definida na NBR 9952 (Manta asfáltica para impermeabilização):

Produto pré-fabricado composto por asfalto como elemento predominante, reforçado com armadura e obtido por calandragem, extensão ou outros processos com características definidas.

 

No entanto, raramente conhecemos os métodos de impermeabilização asfáltica por esses nomes (com exceção da emulsão e da manta asfáltica). É por isso que detalharemos os tipos de impermeabilização com base asfáltica conforme os seus nomes populares. Confira!

 

Tipos de impermeabilização asfáltica

Os tipos de impermeabilização asfáltica incluem betume, piche, emulsão asfáltica e manta asfáltica

 

Quando falamos de impermeabilização asfáltica, comumente estamos nos referindo a um desses tipos de impermeabilização:

  • Betume,
  • Piche,
  • Emulsão asfáltica, ou
  • Manta asfáltica.

 

Betume

betume é um tipo de impermeabilização asfáltica

 

O betume é uma substância obtida através da destilação fracionada do petróleo bruto.

Como sabemos, existem diferentes produtos que podem ser obtidos na destilação do petróleo, desde os resíduos mais brutos como cera e parafina até a gasolina e o gás natural. O betume é obtido já nos primeiros níveis de destilação do petróleo.

 

Trata-se de uma substância viscosa, escura, com odor forte e característico, com um alto poder ligante e propriedades impermeabilizantes.

A maior utilização do betume é como ligante/aglomerante em outras misturas, em especial o asfalto utilizado na pavimentação de ruas, avenidas e rodovias.

 

De acordo com a ABNT NBR 9575:

 

Betume: Mistura de hidrocarbonetos de consistência sólida ou líquida, de origem natural ou pirogênica, completamente solúvel em bissulfito de carbono, freqüentemente acompanhado de seus derivados não metálicos.

 

É um termo que, popularmente, pode até ser usado como sinônimo de piche (e de emulsão asfáltica), mas existem diferenças. O piche, como o conhecemos, é um produto que se utiliza do betume como ligante, mas tem outros minerais e componentes em sua mistura.

 

Piche

piche é um tipo de impermeabilização asfáltica

 

Piche é o nome dado ao asfalto líquido, apesar de não ser utilizado dessa forma nas terminologias técnicas dentro dos estudos de pavimentação na engenharia.

Dessa forma, o piche é uma mistura do betume com outros minerais, conforme a necessidade de aplicação em cada situação.

Como impermeabilização, o piche é utilizado em forma líquida (tinta) aplicada diretamente na superfície ou substrato, normalmente em demãos cruzadas.

 

A impermeabilização com piche é um tipo de impermeabilização asfáltica utilizada para evitar o apodrecimento de elementos de madeira, como postes, cercas, barracões, tapumes, floreiras e outros semelhantes.

 

Temos um artigo com mais informações sobre a impermeabilização com piche, veja só:

 

Emulsão Asfáltica

emulsão asfáltica é um tipo de impermeabilização asfáltica

 

A emulsão asfáltica é o termo dado à misturas utilizadas para impermeabilização que são de base asfálticas. O termo emulsão diz respeito a duas substâncias que, naturalmente, não se misturam.

Portanto, a emulsão asfáltica é composta dos produtos de base asfáltica e agentes dispersantes.

 

Este é um produto largamente utilizado na impermeabilização de fundações, baldrames e também lajes, além de áreas internas, como sacadas e banheiros. É conhecido pela sua elevada elasticidade e flexibilidade.

 

É um sistema de impermeabilização asfáltica aplicado à frio e moldado no local. Assim como a manta asfáltica, a emulsão asfáltica não tem resistência mecânica superficial, sendo necessário cobrir a impermeabilização com proteção mecânica.

 

A aplicação da emulsão asfáltica consiste nos seguintes passos:

  • Limpeza da superfície;
  • Preparação da Emulsão Asfáltica;
  • Aplicação com trincha ou brocha, rolos ou vassouras;
  • Reforço estrutural (com especial cuidado nos ralos, rodapés e curvas em geral);
  • Teste de Estanqueidade;
  • Revestimento.

 

No artigo completo sobre esse sistema de impermeabilização, descrevemos o passo a passo detalhadamente, confira:

 

Manta Asfáltica

manta asfáltica é um tipo de impermeabilização asfáltica

 

A manta asfáltica é um dos sistemas de impermeabilização mais utilizados no Brasil.

 

Diferentemente dos outros métodos de impermeabilização asfáltica, a manta não é moldada no local. Ela é fabricada industrialmente em rolos pré-moldados e a sua aplicação é feita com o auxílio de maçarico.

A manta utiliza os produtos de origem asfáltica como ligantes e telas de reforço estrutural, que podem ser de poliéster ou fibra de vidro mais comumente.

 

A aplicação da manta asfáltica consiste, basicamente, nos seguintes passos:

  1. Preparação do substrato, que deve estar firme, seco e limpo;
  2. Aplicação do produto de imprimação;
  3. Abertura das bobinas, que devem ser alinhadas e rebobinadas novamente sobre o substrato;
  4. Fixação da manta asfáltica, que pode ser feita com chama de maçarico a GLP, asfalto a quente ou adesivos (segundo a norma NBR ABNT 9574, as sobreposições dos rolos devem ser de, no mínimo, 10cm, executando o selamento das emendas com ferramentas adequadas);
  5. Teste de estanqueidade;
  6. Instalação de camada separadora;
  7. Proteção mecânica da impermeabilização, com contrapiso e piso.

 

Por ser o método de impermeabilização mais difundido no país, temos diversos artigos sobre a manta asfáltica. Recomendamos a leitura dos seguintes:

Neste artigo, você conhece os tipos de manta asfáltica, qual o custo da impermeabilização com manta asfáltica e muito mais.

O artigo traz curiosidades sobre a aplicação deste método de impermeabilização e dicas para quem pretende utilizá-lo.

Reformar a impermeabilização com manta asfáltica requer mais passos do que a simples aplicação. No artigo, você entende este processo.

 

Vantagens e desvantagens da impermeabilização asfáltica

Vantagens e desvantagens dos métodos de impermeabilização com base asfáltica

 

Apesar das diferenças apresentadas anteriormente, os métodos de impermeabilização asfáltica possuem diversas características comuns.

Existem tanto vantagens quanto desvantagens que são comuns a todos esses tipos de impermeabilizante. Conheça algumas:

 

Vantagens dos impermeabilizantes de base asfáltica

  • Grande variedade de fabricantes;
  • Fáceis de encontrar no mercado, estando disponíveis para compra, inclusive, em grandes varejistas;
  • São sistemas conhecidos e relativamente simples de aplicar;
  • Geralmente tem custo competitivo na fase de construção.

 

Desvantagens da impermeabilização com base asfáltica

  • Apesar da facilidade de encontrar prestadores de serviço que dizem saber aplicar, pode ser mais difícil de encontrar quem faça uma boa aplicação;
  • São métodos, em geral, sem resistência mecânica superficial, precisando ser cobertos por contrapiso e piso;
  • Dificuldade de reformar, sendo preciso quebrar o piso e contrapiso para chegar na impermeabilização;
  • Garantia não depende das grandes marcas fabricantes, mas do aplicador.

 

Durabilidade da impermeabilização asfáltica

A durabilidade máxima dos impermeabilizantes asfálticos é de 5 anos

 

Como todo tipo de impermeabilização, a durabilidade dos sistemas asfálticos depende principalmente da mão-de-obra de aplicação e do uso do impermeabilizante apropriado para cada área.

Falando especificamente de lajes, uma área onde tanto a emulsão asfáltica quanto a manta asfáltica são aplicadas, nota-se maior durabilidade da manta asfáltica. Mas, mesmo assim, essa durabilidade pode não ser a esperada. Nós exploramos todos os fatores que afetam a durabilidade da impermeabilização em lajes neste artigo:

 

No entanto, é preciso saber que, até mesmo grandes fabricantes de métodos tradicionais reconhecem que “a impermeabilização costuma durar um pouco mais de cinco anos, dependendo do grau de exposição da obra e da movimentação a que ela está sujeita.” Se a mão-de-obra não for de qualidade, e a aplicação não for bem feita, a durabilidade é ainda menor.

 

Impermeabilização definitiva existe, mas não é asfáltica

impermeabilização definitiva com sistema fibersals

 

Se você acha cinco anos um período muito curto para ter que refazer toda a impermeabilização, não está sozinho.

Especialmente quando se leva em conta a necessidade de quebrar todo o piso e contrapiso para reaplicar a impermeabilização de base asfáltica em lajes, cinco anos “passam voando”. Quanto mais barulhenta e suja a obra (e quanto maior a quantidade de entulho gerada), maior é a chance de você ainda lembrar da obra cinco anos depois.

 

Mas, não se preocupe. Já existe um método de impermeabilização definitiva disponível em todo o Brasil. E, apesar de não ser um “método tradicional”, é um método consolidado, aplicado pela mesma empresa desde 1985.

Estamos falando do Sistema Fibersals em poliéster flexível. Ele é aplicado sobre a superfície existente, sem a necessidade de quebrar e sem gerar grandes quantidades de entulho. Enquanto muitos aplicadores de sistemas tradicionais oferecem, no máximo, 5 anos de garantia, o Sistema Fibersals tem 15 anos de garantia (3x mais!).

É um método considerado definitivo, pois não se perde nunca – pode ser reparado durante toda a sua vida útil, estimada em mais de 30 anos (e com durabilidade comprovada por clientes como você).

 

Se você quer saber mais sobre esse método de impermeabilização, fale com a nossa equipe!

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