Um tanque de armazenamento industrial é essencial para inúmeros empreendimentos que realizam atividades tais como a produção e refino de petróleo, fabricação de produtos químicos diversos, armazenamento a granel e operações de transferência, consumo e produção de líquidos e vapores, entre outros.
Atualmente, a maioria desses tanques é projetada e construída considerando tanto os parâmetros da API – 650, uma norma internacional do Instituto Americano de Petróleo, como também, as regras da ABNT NBR 17505, que trata especificamente sobre o armazenamento, manuseio e uso de líquidos inflamáveis e combustíveis.
Os tanques podem ter tamanhos diversos e, em geral, são instalados dentro de bacias de contenção, que servem para evitar vazamentos e danos ao meio ambiente. Outra finalidade importante das bacias é conter eventuais derramamentos, caso existam fissuras ou ruptura no tanque.
Saiba mais:
No post de hoje vamos falar sobre os principais tipos de tanques de armazenamento industrial, bem como, esclarecer algumas das suas aplicações.
Também vamos falar um pouco sobre as normas que regulamentam esses equipamentos e quais são os cuidados que técnicos devem ter para evitar problemas com a fiscalização, além de danos ambientais.
Para saber mais, não deixe de conferir!
Tipos de tanque de armazenamento industrial
Existem diferentes tipos de tanque de armazenamento industrial que são utilizados para diferentes finalidades. São eles os tanques de teto fixo, teto flutuante externo, teto flutuante interno, teto flutuante externo abobadado, horizontais, de pressão, de espaço de vapor variável e, por fim, os tanques de GNL (gás natural liquefeito).
Os tipos de tanques são determinados considerando a sua forma, capacidade de armazenamento e medição e todas essas características interferem diretamente na forma de instalação do tanque.
Os tanques cilíndricos, que são os tanques de teto fixo, teto flutuante externo ou interno e com teto flutuante externo abobadado, são instalados em cima do solo.
Já os tanques horizontais podem ser instalados tanto na superfície, quanto podem ser subterrâneos.
Os tanques de pressão, por sua vez, são instalados em cima do solo e em geral possuem formato esférico e ficam dispostos horizontalmente a fim de manter a integridade estrutural.
Por fim, existem os tanques de espaço de vapor variável e gás que podem ter formatos cilíndricos ou esféricos.
O principal objetivo dos tanques é o armazenamento. Por isso, eles precisam ser resistentes à corrosão e intempéries, além de projetados para conservar amostras biológicas por períodos longos.
Eles servem não apenas para depositar determinados produtos e subprodutos da indústria, como também os protegem de processos naturais, como a evaporação ou o congelamento, por exemplo.
Os tanques podem ser fabricados com diferentes tipos de materiais, como o concreto, aço inoxidável, fibra de vidro e polipropileno. A escolha do material, naturalmente, depende da substância que será armazenada no tanque.
Um dos principais cuidados a serem tomados com relação a manutenção dos tanques, diz respeito a impermeabilização, que pode variar de acordo com o material que o tanque foi construído.
Como já explicamos aqui no blog, não existe uma solução única para evitar vazamentos e derramamentos em tanques. Por isso, todo o projeto de construção ou eventual adaptação do tanque precisa ser feito com a assessoria de técnicos especializados, além de materiais que garantam a durabilidade e segurança, especialmente no que se refere a vazamentos.
Normas que regulamentam os tanques de armazenamento industrial
A legislação que regulamenta os tanques de armazenamento industrial conta com normas nacionais e internacionais. Por isso, a interpretação dos parâmetros pode parecer um pouco confusa em um primeiro momento. Hoje, as principais normas utilizadas para projetos, instalação e manutenção desses tanques são a API-650 e a ABNT NBR 17505, que vamos tratar em detalhes.
API 650
A API 650 foi criada pela American Petroleum Institute e conta com uma aceitação mundial.
Trata-se de uma norma que estabelece padrões e diretrizes a serem seguidos durante o projeto, a fabricação e montagem de tanques destinados ao armazenamento de fluidos. Os critérios presentes nesta norma são bastante objetivos, com informações precisas e um conteúdo bastante linear. Os padrões descritos na norma foram pensados para melhorar a eficiência durante a construção desses equipamentos, bem como, melhorar o custo-benefício das operações. A elaboração dessa norma também considera a saúde dos trabalhadores envolvidos no processo, além da proteção ao meio ambiente.
A API 650, no entanto, é uma norma de referência, por isso, mesmo sendo uma norma internacional, boa parte do setor industrial que utiliza tanques de armazenamento acaba adotando seus padrões para ter mais respaldo, especialmente considerando o relacionamento com fornecedores.
Em geral, a API 650 é utilizada para o projeto, construção e instalação de tanques voltados ao armazenamento de óleo, gasolina, produtos químicos e armazenamento de água produzida.
ABNT NBR 17505
A ABNT NBR 17505, por sua vez, é uma norma brasileira que estabelece requisitos para o armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis, incluindo os resíduos líquidos armazenados em tanques estacionários ou em recipientes.
Trata-se de uma norma que traz disposições gerais sobre o armazenamento em tanques, em vasos e em recipientes portáteis com capacidade superior a 3 mil litros, além de sistemas de tubulações. Essa norma também dispõe sobre o armazenamento em recipientes e em tanques portáteis, trazendo requisitos para a instalação de equipamentos elétricos, além de regras para proteção contra incêndio no caso de parques de armazenamento contendo tanques estacionários.
Regularização de tanques de armazenamento industrial
Segundo a Resolução CONAMA 237/00, os tanques de armazenamento industrial são empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. Dependendo do momento em que eles são instalados no site, eles podem ser licenciados juntamente com a planta ou de forma isolada.
Durante o processo de licenciamento, o órgão ambiental irá estabelecer quais são os parâmetros a serem adotados no projeto, bem como, as medidas que devem ser adotadas durante a instalação e operação do tanque. Além disso, na emissão das licenças ficam dispostas quais serão as condicionantes, isto é, ações que a empresa deve tomar com o objetivo de mitigar o impacto ambiental gerado pelo empreendimento.
Para projetar e construir tanques de armazenamento, técnicos e órgãos ambientais acabam adotando tanto os parâmetros existentes da API 650 quanto na ABNT NBR 17505. No entanto, independentemente de projetar e construir o empreendimento de acordo com essas normas de referência, para evitar problemas no futuro, o ideal é dialogar com os órgãos ambientais durante o licenciamento, para a adoção de medidas que visem prevenir os danos ambientais.
Para fins de fiscalização, a construção e implementação de tanques de armazenamento de acordo com as normas de referência não bastam. Para evitar autuações, é essencial buscar o licenciamento, bem como, o cumprimento das medidas mitigadoras previstas nas licenças a fim de evitar danos ambientais.
Nesse sentido, adotar medidas preventivas como a impermeabilização das bacias de contenção, por exemplo, é algo que não deve ser deixado de lado. A escolha de materiais de alta durabilidade é uma boa estratégia para garantir a segurança e prevenir vazamentos e danos, além de claro evitar problemas com órgãos fiscalizadores e o Ministério Público.