A ideia de reformar o apartamento certamente está nos planos da grande maioria das pessoas. E os motivos são os mais variados: a vontade de renovar o ambiente trazendo materiais mais modernos, a necessidade de reconfiguração dos espaços para atender uma exigência específica, ou ainda por necessidade devido à falhas de estrutura e revestimentos, rachaduras e infiltrações.
Porém, na maior parte dos casos, a excitação e alegria do resultado da reforma são tolhidas na mesma medida pelo stress e dor de cabeça que estão associadas à ela: gastos elevados, obras que nunca terminam, sujeira, barulho, incômodo constante aos vizinhos e aos próprios moradores do apartamento. Além disso, há casos em que o proprietário decide reformar seu apartamento desconhecendo os riscos que estão associados ao processo, podendo aumentar ainda mais as dores de cabeça. Uma reforma mal executada pode, por exemplo, gerar intervenções equivocadas que comprometem a vida útil da estrutura.
Para evitar maiores preocupações, é importante conhecer os perigos de reformar o seu apartamento, tomando assim decisões mais acertadas.
A importância do planejamento
Por mais óbvio que possa parecer, tudo começa com um bom planejamento. Entretanto, é comum as pessoas pularem esta etapa, ou, na maior parte das vezes, negligenciarem o planejamento não dando a ele a devida importância.
Alguns proprietários iniciam as suas obras e definem ações à medida que a obra avança. O resultado disso quase sempre é ruim. Esse tipo de obra é aquela que nunca termina, pois, de fato, ela nunca começou. É preciso entender que qualquer tipo de intervenção dentro de uma edificação requer o acompanhamento de um profissional, e isso não é um luxo desnecessário. Quase sempre quem quer “economizar” e dispensa o engenheiro ou arquiteto acaba gastando muito mais – principalmente com retrabalho e desperdício de materiais. Além de não ter a garantia de um serviço de excelência. O trabalho do especialista é fundamental para manter o orçamento dentro do estipulado e os prazos da obra dentro do esperado.
Por mais que se planeje uma obra ou reforma, é quase impossível prever todos os percalços e problemas do caminho. O planejamento deve ser feito para evitar o maior número possível de problemas. Veja:
Na dúvida? Não quebre!
O tipo de estrutura mais comum nos edifícios é composto por lajes, vigas (elementos horizontais) e pilares (elementos verticais). Nesse modelo tradicional as paredes não exercem função estrutural, diferentemente de edifícios feitos com blocos estruturais: nestes as paredes tem o papel de suportar os esforços e não podem, em hipótese alguma, serem retiradas ou derrubadas.
Logicamente existem prós e contras de cada metodologia e cada uma é aplicada em cada caso especificamente. O modelo tradicional de concreto armado é o que permite uma maior liberdade para o arquiteto criar desenhos e formas mais arrojados. E como as paredes internas não tem função estrutural, no caso de uma reforma, há a possibilidade de eliminá-las.
O problema surge por ser muito comum prédios antigos não terem mais as cópias dos projetos estruturais, hidrossanitários, elétricos e outros complementares, e na hora da reforma eles fazem muita falta. Corre-se um risco muito grande de, não sabendo o que é estrutura e o que é parede, pilares e vigas serem danificados.
Os danos estruturais advindos de uma reforma irresponsável podem ser fáceis de corrigir, como fissuras e rachaduras, mais podem evoluir para infiltrações, rachaduras maiores, perda de estabilidade e até evoluir para o colapso total da estrutura.
Portanto, se há dúvidas se determinado elemento é ou não estrutural, a melhor saída é não fazer intervenção alguma.
Sobrecargas na estrutura
Todo projeto estrutural é feito baseado nos esforços aos quais os elementos estarão submetidos. Existem pesos ou cargas permanentes – que são o peso próprio da estrutura, o peso das paredes, da cobertura, enfim, tudo que não pode ser retirado – e as cargas acidentais, que compreendem tudo aquilo que é variável, como móveis, pessoas, veículos, materiais diversos. E tudo é dimensionado com uma margem de segurança, para que não haja riscos.
Quando você reformar, é preciso se atentar ao fato de que você pode estar adicionando uma sobrecarga à estrutura a qual ela não foi dimensionada para suportar de maneira segura. Principalmente nas sacadas, que são estruturas que normalmente apresentam vãos livres maiores.
Outras sobrecargas muito comuns são o nivelamento de pisos de dois ambientes, o piso sobre piso, ofurôs e banheiras. É preciso ter consciência que essas intervenções não podem ser feitas indiscriminadamente.
Entenda:
Perigos de uma impermeabilização mal-feita
É difícil encontrar uma construção onde não haja problemas com infiltração e quase sempre elas são resultados de falhas de impermeabilização durante o processo de construção. As infiltrações podem ser um problema mais sério do que apenas a parte estética comprometida do edifício: dependendo da situação, infiltrações não corrigidas levam a exposição da armadura (ferragem) do concreto armado, corrosão, em casos mais graves, falhas estruturais. Veja também:
Durante a reforma, é fácil pensar que um tratamento superficial simples como uma pintura comum vá resolver os problemas de infiltração. O mais correto a se fazer é identificar as causas da infiltração e o nível dos danos, e assim, aplicar a solução mais adequada.
Felizmente existe hoje no mercado um sistema de impermeabilização que não sobrecarrega a estrutura, podendo assim ser utilizado em grandes áreas. Simples e rápido de aplicar, o sistema de poliéster flexível evita todos os transtornos vivenciados pelos métodos de impermeabilização tradicionais.